Dois dedos de prosa com Zezinho Casanova

Vem! Vamos ter dois dedos de prosa!

LOUVAÇÃO À BACABAL POR ZEZINHO CASANOVA

Cidade Linda

CORA CORALINA

Patrimônio da Literatura Brasileira

A trajetória do negro na literatura brasileira

Aparição distorcida do negro na literatura reforça preconceito

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Que lembranças você tem de agosto?

Resultado de imagem para lembranças de agostoLEMBRANÇA DE AGOSTO

Todas as canções que fiz
explodem em dissonantes notas
a suavizar a dor
e o cheiro do medo.
Os dias passam repetitivos
como o tictac do relógio
na parede do tempo,
a desenhar as rugas do meu rosto
na aquarela grisalha dos meus cabelos.
È agosto.
Chega a primavera
"entre todas as mais belas..."
a vida presenteia-me com a morte
da  mulher que amo
levando de mim
até o último fiapo de sonho.
Hoje todas as canções que faço
explodem em pura solidão
e para suavizar a dor
pensando em você
Psicografo mais uma poesia...

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Que gosto há em agosto?


Resultado de imagem para Há gosto

HÁ GOSTO
Gosto do teu gosto exuberante
sabor ameno da felicidade
degustar o cheiro em ansiedade
viver a gosto de cada instante.

Teu sabor deixa em desalinho
meu paladar em opacidade
busco no teu cheiro luminosidade
pra temperar o meu caminho

Ah, como gosto do teu  gosto
Irreverente, picante... ardente
que faz-me sentir mais gente
em pleno desgosto do mês de agosto

Gosto do teu gosto flexível
já não sou tão inexorável.

O gosto que gosto de degustar
é o mesmo que me faz a vida amar...

                            Zezinho Casanova


segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Dois dedos de prosa com Pe. Antonio Vieira, Veja Sermão da 5ª dominga da quaresma



Verdade & mentira

Padre Antônio Vieira


... Estive considerando comigo que verdades vos diria e segundo as notícias que vou tendo desta nossa terra, resolvi-me a vos dizer uma só verdade. Mas que verdade será esta? Não gastemos tempo. A verdade que vos digo, é que no Maranhão não há verdade.Cuidavam e diziam os sábios antigos que em diferentes ilhas do mundo reinavam diferentes deidades; que, em Creta, reinava Júpiter; que, em Delos, reinava Apolo; que, em Samo, reinava Juno; que, em Chipre, reinava Vênus e assim de outras. Se o Império da Mentira não fora tão universal no mundo, pudera-se suspeitar que nesta nossa ilha tinha sua Corte a Mentira. Todas as terras assim como têm particulares estrelas, que naturalmente predominam sobre elas, assim padecem também diferentes vícios a que geralmente são sujeitas. Fingiram a este propósito os Alemães uma galante fábula. Dizem que, quando o Diabo caiu do céu, que no ar se fez em pedaços e que estes pedaços se espalharam em diversas províncias da Europa, onde ficaram os vícios que nelas reinam, a cabeça do Diabo caiu em Espanha e que por isso somos fumosos, altivos e com arrogância graves. Dizem que o peito caiu em Itália e que daqui lhes veio serem fabricadores de máquinas, não se darem a entender e trazerem o coração sempre coberto. Dizem que o ventre caiu em Alemanha e que esta é a causa de serem inclinados à gula, e gastarem mais que os outros com a mesa e com a taça. Dizem que os pés caíram em França e que daqui nasce serem pouco sossegados, apressados no andar e amigos de bailes. Dizem que os braços com as mãos e unhas crescidas, um caiu em Holanda; outro, em Argel e que daí lhes veio ou nos veio o serem corsários. Esta é a substância do Apólogo, nem mal formado, nem mal repartido, porque, ainda que a aplicação dos vícios totalmente não seja verdadeira, tem, contudo, a semelhança de verdade, que basta para dar sal à sátira. E, suposto que à Espanha lhe coube a cabeça, cuido eu que a parte dela que nos toca, ao nosso Portugal, a língua: ao menos assim o entendem as nações estrangeiras, que de mais perto nos tratam.


Os vícios da língua foram tantos que fez Dreagelio um abecedário inteiro e muito copioso de A a Z. E, se as letras desse abecedário se repartissem pelos Estados de Portugal, que letra tocaria ao nosso Maranhão? Não há dúvida que o M... M Maranhão, M murmurar, M motejar, M maldizer, M malsinar, M mexericar, e, sobretudo, M mentir: mentir com as palavras, mentir com as obras, mentir com os pensamentos, que de todos e por todos os modos aqui se mente. [...] De maneira que o sol , que em toda parte é a regra certa e infalível, por onde se medem os tempos, os lugares, as alturas, em chegando à terra do Maranhão, até ele mente. E terra onde até o sol mente, vede, que verdade falarão aqueles sobre cujas cabeças e corações ele influi? [...]porém as mentiras do Maranhão não têm nem outra parte donde vir, nem outra parte para onde ir: aqui nascem, e aqui ficam. E, quando as mentiras todas ficam na terra e todas vos caem em casa, ainda que por conveniência e razão de estado, as haveis de lançar fora. E, se não, fazei-me por curiosidade duas contas, as quais eu agora não posso fazer. Uma é: quantas mentiras se dirão cada dia no Maranhão? A outra: quantas casas há nesta cidade? Logo reparti as mentiras e vereis quantas cabem a cada casa. E que será em uma semana, que será em um mês, que será em um ano?


(PEIXOTO, Afrânio & ALVES, Constâncio. Vieira


Brasileiro II. Paris – Lisboa : Livrarias Aillaud e Pertrand. Porto: Livraria Chardron & Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves, 1921, p.17-39)


Os paradoxos na obra de Zezinho Casanova



JANELAS



Vejo o circulo quadrado
Meu quadrado é um circulo
Minha vida é de mote
Minha morte o principio da vida
Meu sorriso é um choro
Meu choro sorriso perdido.


Meu banquete é a fome
Dos que vivem debaixo da ponte
Da ponte sem rio
Viaduto que há
Indigente é o nome da gente
Que vive por lá.


Olha o sertão vejo o mar
Nas montanhas vejo campinas
Nos jornais vejo loucuras
Na felicidade a grande procura.

                                   Zezinho Casanova 

Qual a diferença de Vogal para Semivogal?




Vale lembrar que as vogais podem ser classificadas da seguinte maneira: quanto à zona de articulação (anteriores ou palatais, posteriores ou velares, médias ou centrais), quanto ao timbre (abertas, fechadas e reduzidas), quanto à intensidade (tônicas e átonas) e quanto ao papel das cavidades bucal e nasal (orais e nasais). Alguns autores também citam as subtônicas, quanto à intensidade.

Obs.: As vogais não encontram obstáculos ao serem emitidas, pois a corrente de ar passa livremente. Formam sílabas sozinhas ou são a base de uma sílaba. Podem ser tônicas e receber o acento gráfico.
FONTE: Blog Língua Portuguesa

domingo, 25 de dezembro de 2016

LOUVAÇÃO À BACABAL POR ZEZINHO CASANOVA





Cidade linda
Cheia de histórias, lendas e tradições.
Das águas pardas do Mearim
E travessuras dos moleques ribeirinhos.
Bacabal
Bela cidade
Que marcas ao som do birimbau
O sotaque da percussão
Do sorriso de tuas meninas.
Cidade linda
Que nos tchás-tchás dos acordes
Brasilinamente
Embalas os sonhos
Da Gama dos teus boêmios poetas.
Aqui vou eu
Papeteando tua história...
Cidade de Santas especiais, loucas, desvairadas.
Edite teus fantasmas nos crânios de
Tuas pensantes cabeças de cuia.
“Bumba” o meu boi cidade linda
E peças a santa Terezinha
Rogai por nós!...
Agora
E à sombra do Pé de Bacaba
Que teus filhos mais novos
Já não conhecem mais...
                                      Zezinho Casanova
                                 Direitos autorais reservados

Serie MULHERES DE SHAKESPEARE: PANTERA DOS RITMOS (Este poema é dedicado à percurssionista Simone Soul)





És bela
mistura de fera
que toca a alma
com a fúria das mãos
transformando as baquetas
em misto de porrete
com vara de condão.


Sacerdotisa do som
que deixa em transe a plateia
ao toque dos chocalhos, pratos
penduricalhos.


Mulher pequena
mescla de anjo e demônio
bruxa dos ritmos
feiticeira dos sonhos
tempera o suingue
com batuque nordestinos
e sons africanos.


Acústica estrela
que cruza a galáxia
inexplicavelmente te definiu
o poeta
da clã do Cuscuz.

És bela
Bonita
Como é bonito
O voo da graúna.


És bela
bonita
como é bonito
o salto da pantera.

Zezinho Casanova - Poema escrito a apetir de uma matéria de César sobre Simone Soul

ZEZINHO CASANOVA ABUSA DAS FIGURAS DE LINGUAGENS EM SUA PRODUÇÃO LITERÁRIA

POLISSÍNDETO POÉTICO

E mexe, e remexe, como mexe
e gita, e agira, como agita
e bola, e rola, e rebola
e rir, sorrir, só pra rir.

ZEZINHO CASANOVA MOSTRA UM ESTRANHO AMOR ADOLESCENTE EM POESIA

ELE E ELA

Ele não tem alegria, nem felicidade
Ela não tem amigos, nem amizade
Ele não tem o mundo, nem o mundo a ele
Ela não tem a dúvida, nem a certeza.


Vivam perdidos na solidão, viviam no embaraço.
Até que um dia se encontraram, até que se aceitaram
Viveram um sonho de vida viveram de amor
Com a beleza da paixão, com a vida
 O amor se aprisionou, o amor apaixonou.

ESCREVER CORRETO NUNCA É DEMAIS


Resultado de imagem para ESCREVER CORRETOMenor é melhor

Viva! A lei do menor esforço merece banda de música e tapete vermelho. Com razão. No corre-corre diário, o tempo ocupa o pódio dos bens preciosos. Daí o mandamento — menor é melhor. Os pronomes, solidários, vão ao encontro das urgências do falante. Oferecem-se em forma de abreviatura. Para lançar mão da facilidade, não bobeie. Use-a como manda a gramática.

Deste jeitinho: papa: Vossa Santidade (V. S.), cardeal: Vossa Eminência (V. Emª), bispos: Vossa Excelência Reverendíssima (V. Exª Revma.), Sacerdotes: Vossa Reverendíssima (V. Revma.), Padre (Pe.). Em endereçamento, pode ser usado Rvmo. Pe. Fulano de Tal.
fonte: Blog da Dad